GONZÁLEZ, Pedro Francisco; VALADÃO, Francisco; VAZ, Maria da Conceição de Meneses de Lima. Biblioteca de Turma: Aproveitamento e potencialidades pedagógicas. in Revista Noesis Nº 68, 2007.
Quando nos interessámos e lemos este artigo, integrado na revista Noesis, achámos relevante postá-lo aqui para partilhar com os nossos leitores as nossas opiniões e reflexões acerca deste tema, uma vez que o incluímos no nosso contexto profissional, e também pelo valor que ele pode acarretar nas aprendizagens dos alunos.
A biblioteca escolar desenvolve nos estudantes competências para a aprendizagem ao longo da vida e desenvolve a imaginação, permitindo-lhes tornarem-se cidadãos responsáveis, sem nos esquecermos da partilha de recursos que este meio nos possibilita, enriquecendo-nos a nós e aos outros.
A integração da biblioteca na sala de aula permite a realização de um conjunto de propostas pedagógicas no campo de acção da biblioteca, como contexto rico em estímulos: “ler, mostrar e contar, trabalho de projecto, Tempo de Estudo Acompanhado, apresentação de livros, trabalho colectivo no âmbito da Língua Portuguesa. Também podemos ainda referir outro tipo de actividades relacionados com esta valência, e que ocorrem sistematicamente na escola referida no artigo em questão: a exposição de livros resultantes de leituras autónomas e a sugestão de livros, por parte dos alunos, para outros colegas que se possam interessar pelos mesmos.
É papel do professor, em nosso entendimento, assumir responsabilidades relativas à biblioteca escolar utilizando-a como referência e integra-la no seu currículo escolar, pois esta é provavelmente uma ferramenta pedagógica essencial ao desenvolvimento total do indivíduo. Assim, o professor deve desenvolver e avaliar as competências dos alunos na questão da literacia pois é um factor de extrema importância, além de poder planificar actividades lectivas associadas e integradas na biblioteca, sem nunca esquecer o envolvimento das tecnologias de informação no currículo.
Numa sociedade tecnológica, como a que vivenciamos neste momento, falar em biblioteca de turma não é só falar da junção de uma quantidade considerável de livros, mas é também falar de bibliotecas digitais. As bibliotecas digitais estão a crescer a um ritmo notável e permitem uma maior interacção com o mundo, maior rapidez de pesquisa e menos gastos monetários para o leitor. Uma biblioteca de turma é muito mais produtiva conforme a quantidade e variedade de exemplares que tem. Como sabemos, não raras vezes, o grande impedimento à presença destes materiais prende-se essencialmente com a falta de verbas com que cada escola se debate. Nesse seguimento, parece-nos bastante oportuno a utilização de uma biblioteca digital, no entanto esta não é benéfica apenas pelos reduzidos custos, mas também porque permite o acesso a uma quantidade, cada vez mais maior, de obras do mundo, e porque motiva as crianças quando o trabalho num suporte que já nasceu com elas. Todavia, e apesar de considerarmos imensamente importante a existência de uma biblioteca digital de turma, é fulcral a existência de livros “vivos”, para que as crianças possam tocar-lhes e desenvolver os gostos pelos mesmos, não perdendo, deste modo, o contacto com os materiais ditos tradicionais.
Por último, parece-nos pertinente referir a importância dos pais neste projecto da biblioteca nas salas de aula para que também eles, em conjunto com o professor, consigam trazer o que de melhor existe para as suas aulas e para os seus alunos, num trabalho de cooperação com a comunidade.
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