domingo, 17 de janeiro de 2010

Reflexões Individuais sobre as aprendizagens realizadas na UC

Na sequência do trabalho realizado nesta Unidade Curricular Língua Portuguesa e Tecnologias de Informação e Comunicação foi-nos proposto a realização de uma reflexão individual acerca das aprendizagens realizadas ao longo da mesma UC.
Assim, seguem-se os documentos com as reflexões do nosso grupo.

Ana Baptista




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Inês Graça


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Sugestões literárias para a exploração de propostas pedagógicas

No seguimento do trabalho realizado para a Unidade Curricular Literatura para a Infância foram apresentadas várias obras para crianças, pelos vários grupos da turma. Achámos pertinente seleccionar algumas dessas obras e apresentá-las no nosso blogue, uma vez que as consideramos uma boa ferramenta de apoio à nossa prática futura. Algumas das obras são em suporte papel, no entanto é possível encontrar outras obras online, como exemplo, na biblioteca de livros digitais, no site http://e-livros.clube-de-leituras.pt/index.php. Estes livros são um bom ponto de partida para trabalhar não só a língua portuguesa como também relaciona-la com as TIC, possibilitando ao aluno realizar aprendizagens em vários domínios, tal como é objectivo nesta Unidade Curricular, Língua Portuguesa e as Tecnologias de Informação e Comunicação. Muitos dos grupos aplicaram aprendizagens adquiridas ao longo das aulas desta unidade Curricular e aplicaram-nas na exploração das obras, oferecendo, deste modo, às crianças a possibilidade de aprenderem com recurso às TIC de forma autónoma.

O nosso objectivo neste post não é apresentar os trabalhos das colegas, mas sim dar a conhecer algumas das obras apresentadas que são susceptíveis de explorar e concretizar aprendizagens, recorrendo a alguns suportes, tornando assim, as suas aprendizagens num momento didáctico, de forma a obter melhores resultados.

Os livros que de seguida apresentaremos pretendem dinamizar temas específicos, no entanto, a metodologia de exploração fica totalmente ao critério do educador/professor, assim como o objectivo temático do livro.



"O Planeta azul" de Luísa Ducla Soares

“Em 33 poemas, com estruturas formais variadas, mas onde predomina a quadra, a autora faz-nos a revisitar o planeta terra , querendo interpelar-nos com questões pertinentes, críticas e algumas sugestões”

fonte: http://images.google.pt/imgresimgurl=http://1.bp.blogspot.com/_H4QIJC92ZeI/SjrBIHjgyiI/AAAAAAAAAVs/f3tquoYyRiA/s400/O%2BPLANETA%2BAZUL.jpg&imgrefurl=http://andancasdopoeta.blogspot.com/2009/06/bloco-de-notas-i.html&usg=__kMK-RIqBuoIkR6x5LBJkrAAd9rQ=&h=232&w=250&sz=13&hl=pt-PT&start=13&tbnid=1k65RqgRY8ql0M:&tbnh=103&tbnw=111&prev=/images%3Fq%3Dplaneta%2Bazul%253F%2Bpoesia%26gbv%3D2%26hl%3Dpt-PT



"Lendas do Mar" de José Jorge Letria

"Ler estas lendas é conversar baixinho com o mar, num país que não pode ser contado nem imaginado sem ele. Num país que nasceu e cresceu de olhos postos no mar."




"A liberdade o que é?", também de José Jorge Letria

“Há muitas formas de sentir, de pensar e de nomear a Liberdade. Há quem pense nela só em termos individuais e quem a veja como um bem colectivo que é a base da cidadania.”



“Charada da bicharada” – Alice Vieira


“As imagens potenciam a proposta lúdica dos poemas, que funcionam como advinhas e/ou charadas. O discurso icónico, pautado pela subtileza e pelo enigma, convoca um olhar insistente, curioso e inquiridor.”


"Vamos a votos!" de José Jorge Letria

“Gonçalo e Francisco não gostavam de política nem de políticos, mas a animação que tomava conta da cidade em época de campanha eleitoral não lhes era indiferente.
A política era coisa de adultos, mas a eleição para o lugar de capitão da equipa de futebol da escola ensinou-lhes que, afinal, votar é não só um direito, mas também um dever de cidadania.”
fonte:http://estrelaseouricos.sapo.pt/nbsp/tabid/234/mid/703/newsid703/3009/VAMOS-A-VOTOS/language/pt-PT/Default.aspx

"A minha mãe é a melhor do mundo" de Maria João Lopo de Carvalho


"Cansado da mãe que tem, e que muitas vezes não o deixa fazer o que quer, o Gil decide ir à Loja de Mães à procura de uma que lhe torne a vida mais fácil. Mas nenhuma Ihe agrada. De regresso a casa, o Gil não encontra a mãe, que, entretanto, foi à procura de outro filho. Como acabará esta história? Um conto divertido e sério ao mesmo tempo, que fará as crianças rir e pensar."

fonte: http://www.almedina.net/catalog/product_info.php?products_id=5101




Literatura Digital: Kindle. Mais uma influência das TIC na Literatura.

O Kindle é uma das muitas invenções que junta a literatura às novas tecnologias. Este aparelho, que relembra um mp3 ou um telemóvel, suporta cerca de 1.500 obras que estão disponíveis no site da marca e já vem com ligação sem fios à internet. Na verdade, o Kindle permite maior mobilidade, já que os livros, muitos deles pesados, são transportados em poucos gramas de aparelho. Também jornais e revistas estão disponíveis. O seu sucesso nos Estados Unidos já está garantido, no entanto estarão os portugueses receptivos a este aparelho de literatura digital? Em nossa opinião o Kindle não terá muito sucesso em Portugal, uma vez que muitas das pessoas preferem andar carregadas de livros a usar este pequeno aparelho, pelas mais variadíssimas razões. Uma das razões pela, ainda, fraca aderência a esta tendência americana centra-se no facto de este pequeno instrumento custar cerca de 190 euros e de a este valor ainda ser acrescido o valor de cada obra descarregada. Assim, feitas as contas, e embora o valor de cada obra digital decresça cerca de 30% em relação ao valor da obra em suporte de papel, talvez este aparelho só seja uma mais valia para os verdadeiros aficionados da literatura, no entanto são também estes aficionados que se apresentam como defensores dos direitos dos livros não se importando com o dinheiro despendido em cada obra. Por outro lado, e apesar do Kindle permitir uma maior mobilidade literária, são poucas, e quase raras, as obras disponibilizadas na nossa língua.


Ainda em relação ao dinheiro despendido, o Kindle implica que cada pessoa possua um exemplar, no entanto a compra de um livro permite que se façam trocas do mesmo, acabando, desta forma, por mais pessoas terem acesso a uma determinada obra.

Assim, consideramos o Kindle um bom instrumento em relação ao facto de ser de fácil transporte e de permitir um largo aramzenamento de obras, por outro, e face aos problemas económicos do país, torna-se dispendioso e a sua utilização exagerada pode levar à perda de instrumentos tradicionais como os livros em suporte de papel.

O melhor, antes de decidir comprar o Kindle, é fazer contas e reflectir acerca da mais-valia que poderá trazer para a sua vida.

Imagem retirada de: http://www.picpocketbooks.com/wp-content/uploads/2009/11/kindle.jpg

DIIGO


Através das aulas desta Unidade Curricular foi-nos apresentado o Diigo. O Diigo é um site que nos permite guardar todos os links de sites que consideremos importantes. Poderemos dizer que funciona como a ferramenta favoritos do computador, no entanto o seu acesso é universal, desde que tenhamos ligação à internet. É sem dúvida um suporte que nos facilita e que nos coloca em contacto com o mundo, uma vez que poderemos aceder a qualquer página de um utilizador e ver os seus links, podendo, assim, realizar-se uma partilha de conhecimentos e saberes.


No âmbito desta disciplina, todas nós possuímos uma conta no Diigo com as nossas opções e pertencemos a um grupo da disciplina LPTIC, onde existe um acto de partilha de informação acerca de sites e suportes interessantes e pertinentes para o estudo desta Unidade Curricular.

A utilização deste suporte, e como opinião pessoal, tem-nos ajudado muito, permitindo-nos o acesso e conhecimento de muitos sites que até então desconhecíamos e que são uma mais-valia para o nosso trabalho, enquanto estudantes e enquanto futuras profissionais.

Convidamo-los a acederem às nossas contas no Diigo. Para isso, basta abrir os links que se seguem e que estarão à vossa disposição na barra lateral do blogue.

http://www.diigo.com/user/Anabaptista

http://www.diigo.com/user/inesgraca


Imagem retirada de: http://welkerswikinomics.com/blog/wpcontent/uploads/2008/11/diigo.png

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Actividade proposta pelo nosso grupo no âmbito do episódio de "O romance da Raposa"

Numa aula de LPTIC, da professora Helena Camacho, foi-nos proposto o visionamento de um episódio de “O Romance da Raposa” de Aquilino Ribeiro e uma posterior recolha e reflexão de aspectos essenciais, que poderiam ser tratados e propostos em sala de aula.
O nosso grupo apresentou um conjunto de actividades, adaptadas a jardim-de-infância e 1.º Ciclo do Ensino Básico. Estas actividades tinham como principal objectivo o desenvolvimento de competências motoras; de capacidades de interpretação de sons, músicas e imagens; o desenvolvimento de capacidades de verbalização e diálogo acerca de sentimentos ou outra qualquer dimensão trabalhada; e ainda a promoção da utilização de ferramentas tecnológicas para desenvolver as capacidades, criativa e linguística.

Propostas pedagógicas no âmbito da imagem e do som

Actividade oral
1) Associar os sons ouvidos às actividades que podem ser realizadas nesse local. Descrição dessas actividades.

Actividades escritas
1) Apresentar um conjunto de músicas à turma. Cada aluno deve escrever as sensações, sentimentos, emoções, pensamentos, etc. que associa à música.
2) Criar uma história em Photostory, a partir de um texto escrito, seleccionando imagens e músicas que ilustrem as situações transcritas.

Actividade de expressão
1) Associação de sons (animais, locais) a imagens ou vice-versa e imitar a locomoção dos animais.

Actividades da turma:


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Exploração, análise e reflexão de um programa televisivo de carácter infantil

Pocoyo em “O regador mágico



A flor do Pocoyo, que dançava tão alegre e cheia de energia, desmaia por falta de água. O Pocoyo rega-a com a pouca água que ainda restava no regador e a flor ganha força e começa de novo a sua dança. De repente, Pocoyo percebe que a água que deitou na sua flor não foi suficiente para que a mesma se aguentasse. Então, decide ir à torneira encher o regador com água. No caminho de volta, apercebe-se que os seus amigos estão muito aflitos com o calor: o pato está cheio de sede e não tem água para beber e a elefante precisava de encher a sua banheira para se refrescar e também não tem água para tal. Pocoyo, com a sua generosidade, partilha a água que tem com os seus amigos. Quando chega perto da flor, apercebe-se que a água tinha acabado. Nesse instante, o amigo cão vai a correr avisar os amigos do Pocoyo e estes vêm em seu auxílio. Por fim, acabam todos a dançar, juntamente com a flor dançarina.

Este tipo de programa infantil, em nossa opinião, adequa-se para a Creche e pré-escolar, com idades compreendidas entre os 2 e os 4 anos, pois denotámos, com base em experiências pessoais, que muitas crianças de 5 aos já se desinteressam deste tipo de programa.


O visionamento deste episódio do Pocoyo, e certamente de muitos outros deste género, permite o desenvolvimento de certas competências nas crianças, por exemplo, as competências linguísticas, nomeadamente, na área da compreensão e interpretação dos episódios visionados, de modo que consiga exprimir-se oralmente de uma forma confiante, autónoma e criativa, além da competência global para a leitura relacionando a interpretação e tratamento de informação com a leitura, não só a leitura formal mas também uma leitura de imagens, pois as crianças devem ter consciência da função da escrita, mesmo sem saberem ler de um modo formal. Assim, é papel do educador criar condições para que as crianças aprendam, fomentando o diálogo. Também achamos esta actividade um importante ponto de partida para a exploração e desenvolvimento de competências essenciais à criança.

É de notar a atitude da personagem que demonstra o sentimento de amizade que nutre pelos amigos, ajudando-os, ou seja, é importante mostrar às crianças este tipo de programas que nos apresentem um conjunto de materiais fundamentais à educação das crianças para os valores sociais, pois é de apreciar as atitudes, comportamentos e valores que a personagem integra ao longo dos episódios transmitidos, e que também nós, enquanto educadores devemos veicular nas crianças.

Este programa tem uma particularidade, que em nossa opinião, é bastante credível, que é o facto de o Pocoyo ser uma personagem com 3 anos e isso aproxima-o do público, criando assim, uma ligação e uma identificação das crianças com a personagem. Também o facto de o Pocoyo ter esta idade permite maior realidade no tipo de diálogos que realiza, pois a sua linguagem é muito próxima da linguagem do público-alvo. Assim, quanto mais próxima está a personagem do público e quanto mais o público se identifica com esta personagem, maior o interesse e as aprendizagens realizadas, uma vez que as perguntas colocadas no decorrer do programa permitem a participação do público, e consequentemente, criam um ambiente muito propício ao desenvolvimento cognitivo da criança que, embora orientado pelo narrador, se realiza de maneira autónoma, levando as crianças a reflectir sobre o tema proposto.

Uma outra particularidade deste programa está no nível visual, estético, melhor dizendo. Os episódios do Pocoyo são realizados num cenário branco, destacando, assim, as personagens e os objectos presentes na acção. O facto de não haver um cenário, nem objectos fixos e meramente decorativos leva a criança a focar-se apenas na acção das personagens e nos objectos utilizados nessa mesma acção, realçando, deste modo, a educação cívica que o programa pretende transmitir.

Existe um leque bastante vasto de programas deste género, muito importantes não só para o contexto sala de aula, como também para o visionamento sem o acompanhamento de adultos, por parte das crianças. São exemplo: “A família Galaró”; “A Ilha das Cores”, “A Rua Sésamo”, entre outros desenhos animados. É de salientar que na TV por cabo existe um canal denominado “BABY TV” que possui uma grelha direccionada para crianças de idade compreendida entre os 6 meses e os 3 anos.
Propostas pedagógicas passíveis de se realizar:

Para este tipo de actividade de visionamento de um programa infantil, sugerimos algumas propostas pedagógicas no âmbito deste episódio do Pocoyo “O regador mágico”:

1) Juntamente com as crianças, o educador poderá fomentar o diálogo apelando o reconto do episódio. Uma vez que o narrador coloca algumas questões, o educador poderá parar o episódio, por momentos, caso este seja gravado, a fim de fomentar o diálogo com as crianças e obter as respostas às questões colocadas.

Após o final de cada episódio, consideramos importante o diálogo entre o educador e as crianças, a fim de percepcionar as aprendizagens realizadas.

2) No âmbito das ciências da natureza, e partindo da ideia do episódio de que as plantas necessitam de água para viver, o educador poderá realizar com as crianças uma actividade experimental relacionada com a germinação de plantas e incutir nas crianças a responsabilidade em cuidar destes seres vivos.

A criança, os media e a sociedade - Reflexão


Após a abordagem em aula acerca dos efeitos dos media, achámos extremamente importante reflectirmos de um modo mais aprofundado sobre este assunto, uma vez que na sociedade actual os meios de comunicação estão cada vez mais à mercê da criança, sendo, para muitas, a ocupação regular dos tempos livres.


Para abordar este tema recorremos aos conteúdos abordados e leccionados em aula e, também, a um texto encontrado aquando a realização de uma pesquisa acerca deste tema, pertencente ao livro Estratégias e Discursos de Publicidade de Francisco Rui Cádima. Com esta reflexão pretendemos abordar os perigos dos media para o público infantil, assim como algumas estratégias a utilizar para ultrapassar os mesmos perigos.

Como já foi referido anteriormente, as crianças de hoje possuem uma relação muito próxima com os meios de comunicação, principalmente com a televisão. A sua susceptibilidade às mensagens que nela passam é grande e pode tornar-se grave, caso não se tomem medidas para educar a criança para a selecção das mensagens com que é constantemente bombardeada. No entanto, não só a criança está desprotegida relativamente às mensagens que a TV, englobando programas e publicidade, possa transmitir, mas também grande parte do público em geral. Provavelmente o impacto nas crianças é acrescido, pois a criança é naturalmente analfabeta do ponto de vista da selecção e interpretação dos media.

O sensacionalismo da TV é deveras absorvente para o público. Grande parte das pessoas perde-se na função exagerada dada a um determinado produto. Pensámos e discutimos este assunto e temos em nossa opinião que a posição da sociedade actual, quer ao nível económico-social, quer ao nível cultural poderá estar directamente relacionado com este efeito que os media obtém nos cidadãos. A nossa posição advém do facto de a realidade da TV ser muito diferente da realidade actual e, por isso, as pessoas são influenciadas por tudo o que parece trazer melhoras á sua vida e facilitá-la, criando, assim, o poder irreal de dar respostas ás exigências da sociedade actual requer.

Focando-nos novamente nas crianças e com base nas pesquisas realizadas apercebemo-nos do quão desadequadas são as grelhas de programação vigentes, tendo em vista o público infantil. Fazendo um paralelo com as questões abordadas em aula, detectamos que a preocupação destas grelhas está única e exclusivamente centrada no público provável de um determinado período horário. Este facto é cada vez mais passível de ser observado. Tomamos como exemplo os nossos tempos de escolaridade básica cujas grelhas televisivas eram preenchidas, no período da tarde, por programas dirigidos ao público mais pequeno, pois, embora muitos programas visassem apenas o entretenimento, poupavam-nos daqueles programas que embora possam revelar-se interessantes para um público mais velho, nada nos ensinam. é neste ponto que voltamos à necessidade de aproximar o público dos problemas da sociedade. Queremos com isto dizer, numa sociedade cada vez mais preenchida pelo desemprego, pela pobreza, pelas doenças, entre muitos outros problemas, o truque das audiências passa por expor casos de sucesso ou insucesso destes mesmos problemas que são quotidianos de grande parte da população, prendendo, deste modo, o espectador ao que se identifica. Assim, interrogamo-nos, e as nossas crianças?

Muitos dos programas para crianças estão reservados ao que é suposto ser o tempo em família, ou seja fins-de-semana e tempos de refeição familiar, deixando aqueles programas, que á partida poderiam ser interessantes e promotores de boas aprendizagens aquando acompanhados devidamente por adultos, para as horas em que os mesmos adultos estão no emprego ou a desempenhar tarefas de cariz doméstico, como a confecção do jantar, negligenciando, assim, as crianças e deixando-os desamparados num mundo de mensagens indetectáveis. Desta maneira, as interacções da criança realizam-se com um mundo adulto forçado e longe do real, executado apenas com vista a economia, levando, deste modo, a uma educação consumista das crianças.

Além dos valores económicos, existe o problema dos valores sociais que se transmitem á criança. Numa sociedade onde as mulheres são emancipadas, embora ainda exista alguma discriminação, são errados os anúncios publicitários, dirigidos ao público infantil, apresentarem-se definidos por sexos, onde os homens trabalham e as mulheres estão associadas às tarefas domésticas, criando, deste modo concepções desacertadas. Assim, para além de valores económicos errados, também os valores sociais são ultrapassados, sexistas e geradores de desigualdade e discriminação.

Apenas pegando nestes pequenos, mas grandes, problemas que os media podem trazer, é possível prevermos a urgente necessidade de orientação e sensibilização da criança para a selecção e interpretação dos media, de modo a que não sejam mais um público que acredita na sociedade perfeita e utópica que estes meios transmitem.

Como referimos anteriormente, não só as crianças são envolvidas pelo fascínio dos media. A estratégia destes meios envolve os serviços essenciais e o bem-estar, como a saúde e o crescimento, e se estes “milagres” envolvem a criança, então é certo o disparo no número de vendas e no lucro, uma vez que a criança tem hoje um papel deveras importante na sociedade e a preocupação com as mesmas é acrescida.

Existem métodos de apelar á atenção e interesse do cidadão, tal como vimos nas aulas desta Unidade Curricular. Nomeadamente no caso da criança são usadas tipologias de texto estritamente direccionadas para as suas faixas etárias e que detém o seu interesse. Em grande parte é pelo uso destas estratégias que os media conseguem absorver o interesse do público infantil.

Após abordarmos estas questões, que estão longe de serem simples e únicas, apercebemo-nos realmente do quão importante é preparar o público mais novo para este tipo de aliciações e concepções. Este trabalho deve ser desenvolvido em todos os contextos em que a criança se encontra inserida, desde a família à escola. No entanto, consideramos que a escola detém um lugar deveras importante nesta educação, uma vez que também algumas famílias são responsáveis por transmitir estas más concepções, visto também elas serem facilmente aliciadas. Assim, é preciso educar a criança para seu próprio proveito, mas também para que esta possa realizar um trabalho em família.

Finalizando a nossa reflexão, queremos deixar claro que não somos extremistas e não vemos os media como um "lobo mau", até porque também nós já fazemos parte deste tipo de sociedade que se rende a estes meios de comunicação e entretenimento. São muitas as coisas boas que se fazem, no entanto consideramos que as mesmas ficam, não poucas vezes, escondidas por programas mais vistosos e modais. Partilhamos da opinião que quase todo o tipo de programas são possíveis de estabelecer contacto com as crianças, no entanto reforçamos a ideias que os mesmos devem ser rigorosamente acompanhados, pois as crianças absorvem tudo o que observam e ouvem e tal facto pode trazer consequências graves na educação destas crianças e na sua concepção do eu e do ser cidadão. Em nossa opinião a estratégia para ultrapassar este problema passa muito pelo acompanhamento promovendo o diálogo, a interacção e a reflexão da criança.

Bibliografia de apoio:

CÁDIMA, Francisco Rui(1997). A televisão, a criança, a publicidade - Estratégias e Discursos de Publicidade. Lisboa. Editora Vega.

Apresentações Powerpoint e apontamentos das aulas teóricas da Unidade Curricular de Lingua Portuguesa e Tecnologias da Informação e Comunicação

A poesia na sala de aula: pensando a multiculturalidade

Ouvir e ler pequenas histórias em verso, memorizar os poemas preferidos, des-vendar imagens e sentimentos contidos numa palavra escrita, inserida num poema, e conseguir explicá-la por palavras próprias, são actividades que até as crianças gostam e se divertem, consti¬tuindo as mesmas, uma excelente forma de preparação para a aprendizagem da leitura e da escrita.

A rima, o ritmo e a sonoridade, integrados na poesia, permitem uma descoberta das potencialidades da linguagem escrita, adquirindo também um carácter lúdico, pois brincar com os sons auxilia as crianças no desenvolvimento de competências linguísticas.

É fulcral o papel do educador/professor encontrar a melhor forma de adequar a poesia de modo a estabelecer um contacto com a expressão poética, dando largas à sua intuição pedagógica e à sua criatividade.

Por vezes, a escola é o único espaço onde a maioria das crianças tem a oportunidade de contactar com a poesia, pelo que o educador deverá ter isso em consideração e apressar-se na sua ‘apresentação’ à criança.

Pensando na nossa situação enquanto futuras profissionais na Educação, achámos que seria importante realizarmos algum tipo de actividade, que de alguma forma se relacionasse com o tema desta reflexão sobre a poesia em sala de aula.

Realizámos um filme no programa Photostory que ilustrasse um poema também escolhido por nós. A nossa escolha incidiu num poema de Luísa Ducla Soares, “A Negra”, referente à discriminação étnica, à multiculturalidade e à aceitação do eu. O poema destina-se a alunos, a partir do 6.º ano do Ensino Básico, visto ser um poema com um grau de interpretação mais complexo e para alunos de 1.º Ciclo torna-se um pouco difícil, pois a sua relação com a poesia ainda está “em construção”.

A autora foi escolhida por se tratar de uma autora de nacionalidade portuguesa, promovendo desta maneira o contacto dos alunos com autores nacionais, e por apresentar um trabalho vasto e de qualidade no campo da literatura.

A nossa escolha do poema “A Negra” prendeu-se com o facto de temas como a multiculturalidade e a discriminação serem hoje bastante importantes no trabalho realizado pelos professores. A aceitação das culturas e do eu próprio é meio caminho andado para a aceitação dos outros. Este poema pretende, assim, demonstrar o orgulho em ser diferente, e promover na criança uma maior disposição à aceitação de outras culturas promovendo, deste modo, a multiculturalidade.



Wordle: Nuvem de palavras da narrativa "A Verdinha"

No seguimento do nosso último post, a história para o Dia Mundial do Ambiente "A Verdinha", surgiu-nos uma ideia, que em nosso entendimento, será uma boa forma de exploração na sala de aula, além de querermos partilhar com todas voces o fascínio que nos causou.

O Wordle é uma ferramenta grátis à nossa disposição na internet que permite criar nuvens de palavras a partir de um texto, sem necessitar de instalação. Assim, ao introduzirmos um texto nesta aplicação, o programa transforma-o numa nuvem de palavras em que se destacam os termos mais utilizados ao longo do texto.


Este tipo de ferramenta permite a realização de um leque variado de actividades em sala de aula que visam a leitura e a escrita. Por norma, a actividade realizada com estas nuvens consiste na criação de uma história, por parte das crianças, respeitando a valorização dada a algumas palavras. Permite assim, que as crianças não só desenvolvam as suas capacidades de leitura e escrita, como também a organização e a capacidade criativa, constituindo um desafio para si e criando desta forma motivação.

O resultado final do uso desta ferramenta, apresentada na Unidade Curricular de LP-TIC, pela professora Rosário, está exposta no seguimento deste texto, onde realizámos uma nuvem de palavras tendo como base o texto “Uma história do ambiente” realizado e ilustrado por nós no filme relativo ao Dia Mundial do Ambiente, na ferramenta photostory.



segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Uma história para o Ambiente "A Verdinha" - O uso das TIC como transmissoras de valores sociais

Com o intuito de demonstrar um tipo de actividade passível de ser realizado na ferramenta photostory, para uso na sala de aula, optámos por incidir o nosso pequeno projecto num dia específico, nomeadamente, no Dia Mundial do Ambiente que se realiza a 5 de Junho.

Todos os dias deveriam ser dia do ambiente mas só neste, em particular, as pessoas pensam no que podem ou não fazer para preservá-lo. Todavia, poderá ser um ponto de partida para a educação para a cidadania que, certamente passa pela defesa do meio ambiente e da sua preservação.

O papel da escola é fulcral na preparação de cidadãos interventivos, responsáveis, críticos e capazes de corresponder neste tipo de causas para a defesa, incessante, do nosso Planeta. Nós, e quando falamos ‘nós’, dirigimo-nos a NÓS, futuras profissionais no âmbito da educação, desenvolver e consciencializar os alunos para as mais diversas necessidades como preservar as espécies, reduzir o consumo de energia, de água e de outros recursos naturais que um dia poderão esgotar-se para sempre.

Podemos, também, pegar nas novas tecnologias, e mais especificamente na internet, pois é uma fonte inesgotável de recursos, que devidamente utilizada pode auxiliar esta causa, até porque são os alunos que mais navegam na internet e encontram este tipo de websites: blogues, vídeos, imagens apelativas para a ajuda nesta causa.

Também, nós quisemos deixar uma mensagem, através da elaboração deste filme, realizado pelo photostory3. Este programa é uma ferramenta da Microsoft concebida para criar apresentações animadas a partir de imagens e fotografias, podendo recrear narrativas ilustradas por uma sequência de imagens. Podemos ainda adicionar a este pequeno projecto música e animações e movimentos no tratamento das imagens e as suas sequências.
Foi uma experiência bastante enriquecedora a elaboração da nossa narrativa nesta ferramenta digital, alargando os nossos conhecimentos em relação às mesmas.

No decorrer da elaboração da nossa história, apresentámo-la no âmbito das apresentações do blogue da disciplina, pelo que as docentes aconselharam-nos a reformular a história de modo a que o texto em excesso no filme fosse remediado de alguma forma. 

Deste tema, podem surgir muitas outras propostas pedagógicas didácticas que motivem os alunos para a importância deste tipo de causas.

A mensagem que queremos deixar remete para o alerta, principalmente, de gerações mais novas, para o cuidado com o nosso Planeta, pois eles são o nosso futuro, não desprezando qualquer indivíduo.

Esperamos que gostem!



Biblioteca de turma: uma potencialidade pedagógica?

GONZÁLEZ, Pedro Francisco; VALADÃO, Francisco; VAZ, Maria da Conceição de Meneses de Lima. Biblioteca de Turma: Aproveitamento e potencialidades pedagógicas. in Revista Noesis Nº 68, 2007.

Quando nos interessámos e lemos este artigo, integrado na revista Noesis, achámos relevante postá-lo aqui para partilhar com os nossos leitores as nossas opiniões e reflexões acerca deste tema, uma vez que o incluímos no nosso contexto profissional, e também pelo valor que ele pode acarretar nas aprendizagens dos alunos.


A biblioteca escolar desenvolve nos estudantes competências para a aprendizagem ao longo da vida e desenvolve a imaginação, permitindo-lhes tornarem-se cidadãos responsáveis, sem nos esquecermos da partilha de recursos que este meio nos possibilita, enriquecendo-nos a nós e aos outros.

A integração da biblioteca na sala de aula permite a realização de um conjunto de propostas pedagógicas no campo de acção da biblioteca, como contexto rico em estímulos: “ler, mostrar e contar, trabalho de projecto, Tempo de Estudo Acompanhado, apresentação de livros, trabalho colectivo no âmbito da Língua Portuguesa. Também podemos ainda referir outro tipo de actividades relacionados com esta valência, e que ocorrem sistematicamente na escola referida no artigo em questão: a exposição de livros resultantes de leituras autónomas e a sugestão de livros, por parte dos alunos, para outros colegas que se possam interessar pelos mesmos.

É papel do professor, em nosso entendimento, assumir responsabilidades relativas à biblioteca escolar utilizando-a como referência e integra-la no seu currículo escolar, pois esta é provavelmente uma ferramenta pedagógica essencial ao desenvolvimento total do indivíduo. Assim, o professor deve desenvolver e avaliar as competências dos alunos na questão da literacia pois é um factor de extrema importância, além de poder planificar actividades lectivas associadas e integradas na biblioteca, sem nunca esquecer o envolvimento das tecnologias de informação no currículo.

Numa sociedade tecnológica, como a que vivenciamos neste momento, falar em biblioteca de turma não é só falar da junção de uma quantidade considerável de livros, mas é também falar de bibliotecas digitais. As bibliotecas digitais estão a crescer a um ritmo notável e permitem uma maior interacção com o mundo, maior rapidez de pesquisa e menos gastos monetários para o leitor. Uma biblioteca de turma é muito mais produtiva conforme a quantidade e variedade de exemplares que tem. Como sabemos, não raras vezes, o grande impedimento à presença destes materiais prende-se essencialmente com a falta de verbas com que cada escola se debate. Nesse seguimento, parece-nos bastante oportuno a utilização de uma biblioteca digital, no entanto esta não é benéfica apenas pelos reduzidos custos, mas também porque permite o acesso a uma quantidade, cada vez mais maior, de obras do mundo, e porque motiva as crianças quando o trabalho num suporte que já nasceu com elas. Todavia, e apesar de considerarmos imensamente importante a existência de uma biblioteca digital de turma, é fulcral a existência de livros “vivos”, para que as crianças possam tocar-lhes e desenvolver os gostos pelos mesmos, não perdendo, deste modo, o contacto com os materiais ditos tradicionais.

Por último, parece-nos pertinente referir a importância dos pais neste projecto da biblioteca nas salas de aula para que também eles, em conjunto com o professor, consigam trazer o que de melhor existe para as suas aulas e para os seus alunos, num trabalho de cooperação com a comunidade.

Imagem retirada de:
 


A alimentação - Atreve-te e joga! (JCLIC)

Aprende brincando

O educador, como estrutura essencial no processo educativo dos seus alunos, tem como finalidade descobrir alternativas que colaborem para o desenvolvimento de diversas competências nos alunos, conduzindo-os, não só a um conhecimento cognitivo, mas também a um conhecimento do seu ser como um todo. A utilização de recursos ligados às TIC pode potencializar o desenvolvimento dessas mesmas competências.

O objectivo principal do nosso trabalho, no âmbito da elaboração de jogos educativos no programa JClic, prende-se com a aplicação de jogos educativos concebidos com o auxílio das novas tecnologias, mais especificamente, com a internet, de modo a desafiar e explorar as múltiplas competências dos alunos, no processo ensino-aprendizagem. Assim, podemos adequar os conteúdos da área da alimentação ao uso das TIC. Por isso, podemos considerar o jogo, uma ferramenta ideal de aprendizagem, na medida em que propõe um estímulo ao interesse do aluno.

Com a elaboração deste conjunto de jogos, pretendemos desenvolver múltiplas competências inerentes ao desenvolvimento dos alunos de 3.º e 4-º ano de escolaridade:


  • Desenvolver a sua capacidade de pensar, reflectir, levantar hipóteses e testá-las com autonomia e em cooperação com os outros;


  • Permitir uma maior disposição dos jovens para a aprendizagem, estimulando-os para a realização deste tipo de actividades;


  • Um desafio e o jovem constrói o seu conhecimento de modo a ultrapassar os obstáculos com que se depara na realização da actividade;


  • Promovem uma “competição saudável” que pode ser motivadora da aprendizagem, e posterior aquisição de competências importantes;


  • Permite a consolidação das aprendizagens já realizadas acerca de um determinado tema e dos seus conteúdos;

Os objectivos específicos relacionados com os conteúdos da temática da alimentação referem:


  • Realização de aprendizagens acerca da roda dos alimentos, das suas categorias e das suas características principais;


  • Conhecer e identificar os elementos de cada área da roda dos alimentos;


  • Apropriação dos nutrientes constituintes dos alimentos;


  • Apropriação do conceito de alimentação saudável e as suas funções;


  • Apropriação e reconhecimento dos maus hábitos alimentares.

Abordagem ao texto “Passos determinantes para um ensino autêntico da escrita no Primeiro Ciclo”


PEREIRA, Luísa Alvares. Como abordar…A escrita no 1.º Ciclo do Ensino Básico. Areal Editores, 2005


Este documento analisado por nós, reflecte algumas dimensões do desenvolvimento da escrita no 1.º Ciclo e apresenta dez passos determinantes para este processo:


1) Relação escrita-oralidade: As relações entre estas duas dimensões não podem ser consideradas totalmente dependentes ou separadas uma da outra. A produção escrita, em comparação à produção verbal oral, possui um nível de dificuldade superior, pois o locutor deverá ser capaz de gerir e avaliar o conteúdo a dirigir ao destinatário e ter atenção à linguagem utilizada na transmissão do conteúdo da mensagem. O quadro comunicativo não permite que o locutor saiba se o interlocutor percepcionou a informação que lhe foi dirigida.

A competência redaccional pode ser trabalhada através da oralidade, pois as trocas orais existentes permitem ao aluno percepcionar a organização das frases e assim transformar o diálogo para essa língua escrita.

2) Diversificação dos escritos: É importante a diversificação de textos, por parte dos alunos, para que os mesmos compreendam que a escrita serve também para comunicar, tendo em conta o contexto social e cultural, e ainda serve como uma estratégia de aprendizagem. A elaboração de sínteses, resumos ou textos de assunto concreto permitem que o aluno siga a organização textual, consciencializando-se da maneira como se escreve.

3) Escrita e pensamento: A aprendizagem do processo da escrita exige tempo de maturação e a criação de condições para aquando desta apreensão, pois a partir do momento em que se aprende, este conhecimento servirá para uma situação de aprendizagem posterior neste processo.

4) Escrever é planificar: Quando discursamos precisamos que as nossas ideias se organizem numa sequência, ou seja, precisamos de planifica-las. Assim, produzem-se as ideias (reflexão do conteúdo), organizam-se as mesmas e avaliam-se os objectivos que se quer atingir. Existem 3 parâmetros de organização de ideias para a produção de um texto: o conhecimento acerca do assunto que se vai abordar, as expectativas do público-alvo e a estrutura na qual se vai produzir o texto.

5) Socialização dos escritos: A produção de textos no 1.º Ciclo deve ser integrada numa perspectiva de socialização (‘agir comunicacional’), permitindo ao professor determinar a finalidade do texto.

A motivação para a criação de textos surge aquando da criação de oportunidades de escrita que façam sentido para os alunos, permitindo-lhes a descoberta da importância da escrita no decorrer da sua vida.

6) Escrever é rever o texto: Quando se pede aos alunos a produção de textos é importante delinear os momentos em que a escrita é avaliada e os momentos em que a escrita surge apenas, como objecto de estudo e trabalho. Quando nos centramos no processo de aprendizagem da escrita devem ser dedicados momentos à programação e organização do texto e à posterior revisão dos textos dos alunos. Esta revisão pode ser elaborada com recurso a alguns instrumentos como fichas de orientação e listas de verificação, de modo a permitir aos alunos perceber aquando da visualização de textos, e assim perceber os ganhos da sua reformulação.

7) Aprende-se a escrever escrevendo: Na aprendizagem da escrita é essencial organizar os alunos para a realização de exercícios que se relacionem com operações linguísticas. Assim, conseguem apreender qual a representação do que é a coerência textual e o que precisam, ou não, retirar ou acrescentar a um texto para que esta coerência se mantenha. Pode-se concluir que a leitura de textos bem construídos e a sua posterior reflexão são um bom processo para a continuação da aprendizagem da escrita.

8) Interacção leitura-escrita: A leitura da maioria de textos pode servir de instrumento para a aprendizagem da escrita, aquando de certas condições estruturais, e ainda podem servir para enriquecer a cultura do aluno, fornecendo elementos importantes que o ajudem, de uma forma mais autónoma, na elaboração de textos de diversos assuntos.

9) Imagem do sujeito escrevente: Para que um aluno se sinta motivado para escrever e para que se possa assumir como autor de um texto é importante o papel da escola enquanto proporcionadora de espaços de interacção e motivos para a escrita, onde aí o sujeito se releva autor dos seus textos e ainda fazer com que o tempo de leitura e escrita, por parte do aluno, seja aproveitado como tempo de aprendizagem da competência de leitura e de escrita.

10) Complexidade da tarefa de escrita: A aprendizagem da escrita é complexa e difícil, por isso, é preciso que o aluno crie uma relação de confiança na sua própria capacidade para produzir textos coerentes e que tome consciência de que o processo do conhecimento escrito permanece com uma vasta variedade de textos.


“Blogues escolares: quando, como e porquê?”

Na plataforma moodle da nossa escola encontra-se um texto sobre a temática dos blogues intitulado “Blogues escolares: quando, como e porquê?”, pelo qual nos interessámos e direccionámos a nossa leitura e posterior reflexão.


Particularmente, despertou-nos o interesse, o tópico relacionado com as utilizações educacionais dos blogues, até porque é nossa intenção abordar e analisar este tema, pois como futuras profissionais no âmbito da educação, pretendemos, também nós, trabalhar e desenvolver as competências das TIC com os nossos alunos, envolvendo as novas tecnologias e os conteúdos das diversas disciplinas do currículo escolar.

No documento referido anteriormente são apresentados dois tipos de abordagens e para tal achámos pertinente a sua análise e reflexão.

A primeira abordagem prende-se com a utilização dos blogues, não directamente relacionados com o contexto escolar, todavia o professor considera a informação daquela fonte uma mais-valia para adequar às aprendizagens dos seus alunos, pois até se relaciona com os conteúdos leccionados em aula. No entanto, a utilização, por parte dos alunos, de blogues não institucionais como recurso pedagógico, poderá ser um problema na medida em que o professor não consegue analisar toda a informação disponível no blogue. Um outro aspecto que devemos ter em conta refere-se à credibilidade dos autores destas ferramentas pedagógicas a que os alunos têm total acesso, pois nem sempre abordam os assuntos/temas da melhor forma.

Uma outra finalidade do blogue remete para a criação e dinamização, por parte do professor, de um blogue no âmbito da sua área curricular, abordando e relacionando os conteúdos da mesma, com o objectivo de disponibilizar informação acerca da matéria leccionada, e ainda, a publicação de diferentes tipos de texto como por exemplo, notícias que também estejam relacionadas e actualizadas com a área disciplinar implícita no blogue.

Para finalizar o nosso post, deixamos-vos com uma citação do documento explorado, que para nós é fundamental divulgar, pois dá-nos um parecer da importância dos blogues em contexto educativo:

“ A exploração dos blogues (…), transforma-os, mais do que num recurso pedagógico, numa estratégia de ensino-aprendizagem, que visa conduzir os alunos a actividades de pesquisa, selecção, análise, síntese e publicação de informação, com todas as potencialidades educacionais implicadas.”